sábado, 4 de fevereiro de 2012

Chico e Divaldo

Antonio Cesar Perri de Carvalho

Anfitrião e amigo de Divaldo Pereira Franco, amigo e constante visitante às tarefas de Chico Xavier, no início dos anos 1970 fomos portador de abraços e de recados de ambas as partes.

Finalmente, ocorreu o esperado reencontro. Amigos de ambos estavam presentes às primeiras reuniões com Chico Xavier, em Uberaba.

Entre as memoráveis reuniões com Chico e Divaldo, algumas nos marcaram muito.

Na tradicional reunião do Grupo Espírita da Prece, aos 14 de fevereiro de 1978, Divaldo proferiu uma bela exposição sobre Florence Nightingale, ao ensejo do estudo da questão no. 876 de O Livro dos Espíritos. Outros, inclusive nós, fizemos uso da palavra. Naquela noite, Chico permaneceu recolhido à câmara de psicografia durante oito horas consecutivas, atendendo ao receituário. Após seu retorno, por volta das duas horas da madrugada, ocorreram as psicografias em público. Chico Xavier psicografou uma página de Emmanuel, sobre os estudos da noite, e uma carta de um jovem desencarnado. Divaldo recebeu uma carta assinada por Lolo (apelido familiar de um tio nosso) e dirigida a mim e à minha esposa, que acompanhávamos a reunião1.

No dia seguinte, muitos visitantes acompanharam Chico Xavier à "peregrinação" vespertina. Chico cedeu a Divaldo todo o tempo disponível para a preleção sobre O Evangelho Segundo o Espiritismo. À noite, no Grupo Espírita da Prece, novamente se repetiram as psicografias. Desta feita, o tema central foi o "dia das mães" e quatro belas mensagens foram recebidas: de Maria Dolores, através de Chico Xavier; de Amélia Rodrigues, por Divaldo; de Meimei, por Marlene Rossi Severino Nobre e, de Emmanuel, por intermédio de uma colaboradora do Grupo Espírita da Prece.

Durante o ano de 1980, Divaldo assumiu um papel muito ativo na campanha para o "Prêmio Nobel da Paz 1981" para Chico Xavier.

Aos 5 de novembro de 1980 assistimos à cerimônia em que Divaldo Pereira Franco recebeu o título de "cidadão uberabense". Chico Xavier compareceu e usou da palavra na solenidade. A uberabense Altiva Noronha esmerou-se nos preparativos e na organização do evento.

Nos últimos dias de julho de 1983 foi lançado em Uberaba o livro "...E o amor continua", contendo mensagens psicografadas por Francisco Cândido Xavier e por Divaldo Pereira Franco2. No novo livro foram incluídas cartas familiares recebidas por ambos, em reuniões públicas de Uberaba. A propósito, esclareceu Chico Xavier na referida obra: "Este livro é o ponto de junção de dois tarefeiros da mediunidade, expressando o sentimento e a palavra dos comunicantes amigos..." Além das mensagens familiares recebidas pelos dois médiuns, há o estudo para a identificação dos autores espirituais.

Outro encontro significativo dos dois tarefeiros, que presenciamos, aconteceu nos dias 14 e 15 de fevereiro de 1986. Na oportunidade, Divaldo fez explanação sobre os estudos da noite: paciência e "bem aventurados os aflitos" e psicografou mensagens de Joanna de Ângelis e cartas familiares. Entre estas, na noite de sábado, recebeu mensagem de Lourival Perri Chefaly, nosso tio. Este se dirigia à nós e a esposa Célia, à irmã Bebé e vários sobrinhos de Araçatuba e de Votuporanga, que acompanhavam as atividades daquele final de semana.

Notas:

1 – O autor comentou a mensagem na revista Presença Espírita (Salvador, junho de 1978) e incluiu-a no livroEm Louvor à Vida, em pareceria com Divaldo Pereira Franco, Salvador: Ed. LEAL, 1987.

2 – Editora LEAL, Salvador.

(Capítulo transcrição de: Perri de Carvalho, A.C. Chico Xavier. O homem e a obra. 1.ed. São Paulo: Ed.USE, 1997, p. 47-49)

Divaldo Pereira Franco, no centro, recebendo o titulo de Cidadão Uberabense, em 1980,

Observado por Francisco Cândido Xavier (E)

Chico Xavier e Divaldo Pereira Franco (D) conversam em Peregrinação, na cidade de

Uberaba, MG, no ano de 1978. Na foto também aparecem o casal Wealker e Zilda.

Peregrinação em Uberaba, MG, tendo à frente Divaldo Pereira Franco (E) e

Chico Xavier, no ano de 1978. César Perri ao fundo à esquerda

A partir da esquerda: Doralice Gomes Feitosa, Josefina Perri Cefaly de Carvalho “Bebé”,

Antonio César Perri de Carvalho, Chico Xavier e Célia Carvalho.


Nilson, Lourival Perri Cefaly e Divaldo

Capa do livro “Em Louvor à Vida”



As fotos que ilustram esta matéria pertencem ao acervo particular de Antonio César Perri de Carvalho e só poderão ser utilizadas em outras matérias com sua autorização expressa.

Seminário “Transição Planetária” com Divaldo Pereira Franco São Paulo, SP

Divaldo Pereira Franco

Prezado amigo Ismael,

O Encontro com Divaldo Franco no Hotel Jaraguá em São Paulo, no período de 20, 21 e 22 último, revestiu-se mais uma vez de pleno êxito.

Estiveram presentes 344 pessoas do Estado de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Piauí.

O tema focalizado no seminário foi “Transição Planetária” sabiamente desenvolvido por Divaldo Franco. Divaldo salientou que tem havido muita precipitação no que diz respeito à fixação de datas para o chamado “Fim do mundo”. Tranquilizou o auditório explicando que todas essas datas, prognosticando a destruição do planeta merece aprofundamento cientifico e não meras especulações de natureza supersticiosa.

A visão dos profetas que estabeleceram calendários deve ser decodificada à luz da ciência astronômica e física. O universo é obra de bilhões de anos e jamais poderia se destruir de forma tão simplória. Na visão espírita devemos considerar a morte e a destruição do mundo moral, ou seja, uma transformação do caráter humano para iniciar uma Nova Era, a da Regeneração. A Terra passará por um processo de transformação geológica no seu clima para ser um planeta mais habitável e confortável sem as tragédias que ocorrem no atual mundo de expiações e provas.

O evento foi filmado e gravado e posteriormente será disponibilizado no mercado através do megalivros.com.br

Permaneço às ordens do prezado amigo. Abraços, com votos de paz. Miguel

(Texto de Miguel de Jesus Sardano e

Fotos recebidas de Sandra Patrocinio [sandrapatrocinio@lisaconsultoria.com.br])

Público, Divaldo Pereira Franco e Miguel de Jesus Sardano fazendo a apresentação


O Retorno do Apóstolo Chico Xavier

Uma rosa para Chico Xavier

Cidália Xavier Carvalho (Pedro Leopoldo, MG)

A única dos irmãos de Chico Xavier encarnada

Foto Ismael Gobbo


Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.

Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade,

Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação.

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis.

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.

Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.

Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido.

Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas.

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.

A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.

Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém.

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando- -se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de re-núncia na mediunidade luminosa.

Por isso mesmo, o seu foi mediumato incomparável.

...E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe:

– Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.

JOANNA DE ÂNGELIS

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia

(Copiado do site: http://portalespirito.com/Reformador/2002/reformador-2002-08ex.pdf)


Rua São Sebastião, em Pedro Leopoldo, MG.

À esquerda, em primeiro plano, a casa onde Chico Xavier nasceu

Foto do arquivo Geraldo Leão


Foto de Chico Xavier em “O Globo” aos 25 anos

Ilustrou reportagem de Clementino de Alencar de 1/5/1935

Foto colhida do livro: Notáveis reportagens com Chico Xavier (IDE,Araras)

Francisco Cândido Xavier no Grupo Espírita da Prece, Uberaba, MG. Foto Ismael Gobbo