quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Registro. Conferência pública por Divaldo Pereira Franco Anápolis, GO

17/02/2015

Na última terça-feira, 17/02/2015, o médium e orador espírita Divaldo Franco proferiu uma conferência na cidade de Anápolis/GO. O evento foi realizado no belo espaço Recanto do Lago, cercado de natureza, e contou com a presença de 1700 pessoas. Cativante apresentação musical ofereceu um toque extra de beleza à ocasião. Divaldo apresentou o tema a “Psicologia da Gratidão”, iniciando suas reflexões com o pensamento de Mohandas K. Gandhi, que diz que se um único homem alcançasse a excelência do Amor, isso seria capaz de neutralizar o ódio de milhões.

Analisando o panorama da sociedade humana, profundamente aturdida e mergulhada em terrível violência, propôs o questionamento a respeito das causas desses desequilíbrios e iniquidades. Para a compreensão dessas causas e encontrar possível solução a esses intrincados problemas, o orador recorreu aos estudos do neurologista e psiquiatra Viktor Frankl e da psicóloga e sua discípula Elisabeth Lukas, estalecendo que há 3 fatores determinantes para esse tal estado de coisas: o primeiro refer-se à desagregação da família; o segundo, ao abandono das tradições nas relações sociais, como a gentileza, o bom tom etc.; e o terceiro, ao isolacionismo dos indivíduos, cada vez mais presente na era digital. Nesse contexto, apresenta-se a gratidão como proposta psicológica para o resgate do equilíbrio do indivídio e , por via de consequência, da sociedade, porque, nas palavras do conferencista, a gratidão é filha do Amor, que é “o sentimento mais nobre da criatura humana”, energia fonte geradora de saúde integral.

Divaldo narrou a história de Charles Plumb, norte-americano veterano da guerra do Vietnã, que conseguiu salvar-se de um ataque, saltando de seu avião com o pára-quedas. O cerne da história, conforme explicado, era reconhecer que alguém havia preparado adequadamente aquele pára-quedas para que outrem o pudesse utilizar e salvar-se, ou seja, sempre haverá a quem sermos gratos, porque a vida no Universo só se sustenta em virtude do mecanismo de cooperação que vige.

A Psicologia da Gratidão está exarada no Evangelho de Jesus e corroborada pela Doutrina Espírita, ambos demonstrando que a vida tem um sentido psicológico profundo e que o Amor e a misericórdia de Deus estão presentes em tudo e em todos. No encerramento de sua conferência, Divaldo convocou a todos para a vivência iluminativa dos ensinamentos de Jesus e da Doutrina Espírita, a fim de que sejam instauradas, por definitivo, a legítima fraternidade e a perfeita justiça entre os seres humanos.

Texto: Júlio Zacarchenco
Fotos: Sandra Patrocínio/Edgard Patrocínio.





DIVALDO 100


Donizete Pinheiro

Quando for 5 de maio
Vou convocar geral,
Meus amigos, companheiros,
Os espíritas seareiros,
Para um plano genial.

Quando for 5 de maio,
Entre palmas ao Divaldo,
Pelas primaveras vencidas,
Pelas vitórias destemidas,
Em sublime e notável saldo.

Vou, então, nesse dia,
Suplicar ao Senhor da vida
Que esse seu fiel servidor,
Esse nobre trabalhador,
Tenha entre nós sobrevida.

Direi, ainda, em oração,
Que não nos deixe sozinhos,
Sem esse irmão por perto,
Segurança e amparo certo
Nestes ásperos caminhos.

E como Deus é abundância
Não vou pedir um vintém,
Um ano é muito pouco
Três ou cinco, tampouco,
Que fique aqui mais de 100.

Donizete Pinheiro-fevereiro de 2015 

(Dr. Donizete Pinheiro é Juiz de Direito em Marilia, SP)

Divaldo Pereira Franco em foto para documento no ano de 1945

Divaldo Franco no Programa Fantástico dia 22 de fevereiro de 2015


O maior médium em atividade no Brasil abre a sala dos espíritos para o Fantástico. Pela primeira vez, Divaldo Franco autoriza uma equipe de televisão a gravar uma sessão mediúnica completa e psicografa diante da câmera.
Domingo dia 22 de fevereiro, matéria completa.



(Informação recebida em emails de Jorge Moehlecke e de Nuno Emanuel)







Conferência Pública por Divaldo Franco em Goiânia, GO

16/02/2015

Na noite desta segunda-feira (16/02/2015), Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita, realizou uma conferência pública no Centro de Convenções de Goiânia/GO, com um público de 2000 pessoas, que lotou o teatro Rio Vermelho. O evento foi iniciado às 20 horas. Breve apresentação musical antecedeu a prece de abertura da cerimônia. Na ocasião, a Academia Espírita de Letras do Estado de Goiás rendeu homenagem ao médium, entregando-lhe uma placa de reconhecimento pelos serviços prestados à Humanidade. Reportando-se à obra “Os Santos que Abalaram o Mundo”, de autoria de René Fülöp-Miller, Divaldo Franco iniciou a sua fala com o pensamento do filósofo e cientista Francis Bacon, contido naquele livro e exarado nos seguintes termos: "se o estudo superficial da filosofia inclina talvez o homem ao ateísmo, um estudo profundo aproxima-o de Deus". Pautado nessa tese, o conferencista realizou verdadeira jornada de exploração do conhecimento filosófico e científico dos séculos XVII, XVIII, XIX, XX e XXI.

Demonstrando que o século XVII representou um marco histórico de mudança profunda do pensamento humano, Divaldo apresentou suscintamente as teorias de Pierre Gassendi, John Locke, Thomas Hobbes, Johannes Kleper e Blaise Pascal. Avançando na linha da História, trouxe para as suas análises as ideias do século XVIII, como as do iluminista Voltaire e as do político e revolucionário francês Pierre Gaspard Chaumette. Já do período do século XIX, discorreu sobre a filosofia do pai do Positivismo, Auguste Comte, assim como do pessimismo de Arthur Schopenhauer e de Friedrich Nietzsche. Ainda sobre o século XIX, Divaldo destacou dois fatos marcantes e suas conexões: o primeiro, o lançamento, em 31/03/1848, do Manifesto Comunista, de Karl Marx, marcando o aparecimento da doutrina materialista na Terra; e o segundo, na mesma data, o início das manifestações espirituais/mediúnicas no vilarejo de Hydesville, Estados Unidos, com as Irmãs Fox, que foi considerado o começo do chamado Moderno Espiritualismo, sendo este evento, segundo o orador, a resposta imediata do mundo espiritual ao surgimento da teoria do Materialismo.

Esses fenômenos mediúnicos, trasladados para a Europa, chamaram a atenção de Allan Kardec (pseudônimo de Hyppolite Léon Denizard Rivail), que os observou e estudou longa e profundamente, um trabalho metódico e científico que resultou na codificação da Doutrina dos Espíritos, que possui tríplice aspecto: filosófico, científico e moral/religioso. Evocando a celebração dos 150 anos do lançamento da 4a. obra básica do Espiritismo, O Céu e o Inferno, Divaldo discorreu sobre a visão espírita dos mitos do céu, do inferno e do purgatório. E, apresentando o trabalho de eminentes cientistas, como Sir William Crookes, Alfred Russel Wallace, Cromwell Fleetwood Varley, Isaac Newton, Albert Einstein, Wolfgang Pauli, Carl Gustav Jung, Sir James Hopwood Jeans, V. A. Firsoff, Dr. Francis Collins, Dr. Eben Alexander III, Dr. Paul Pearsall, Dr. Michael Persinger, Dra. Danah Zohar, Dr. Ramachandran, Dr. Dean Hammer, Dra. Elisabeth Lukas e outros, demonstrou a excelência do Espiritismo e a sua perfeita concordância com a Ciência, nas suas várias ramificações.

Segundo o orador, vivemos um momento histórico em que os nobres cientistas realizam um movimento de retorno à Deus, promovendo, mesmo sem que o saibam, uma nova aliança entre a Ciência e a Religião. Divaldo Franco destacou a figura de Jesus como expoente máximo da Lei Divina na Terra, mas também como o mais perfeito psicoterapeuta da Humanidade, capaz de alcançar os nossos conflitos mais profundos e oferecer consolo e alívio para as nossas dores. Recordando os 2 pedidos que Jesus nos fez, quais sejam, o de nos amarmos uns aos outros como Ele nos amou, e o de não fazermos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem, Divaldo encerrou a conferência declamando o Poema da Gratidão, de autoria do Espírito Amélia Rodrigues.

   Texto: Julio Zacarchenco
    Fotos: Sandra Patrocinio

 (Informações recebidas em email de Jorge Moehlecke)
O conferencista Divaldo Pereira Franco

Convite-Lançamento dia 23 fevereiro em São Paulo Biografia de Divaldo Franco, escrita pela jornalista Ana Landi

Com uma tiragem de 40 000 exemplares e escrita pela jornalista Ana Landi, será lançada em 23 fevereiro a biografia do médium Divaldo Franco, baiano de 88 anos que se comunica com os espíritos desde os quatro anos, já psicografou 300 livros e adotou 700 crianças.
O baiano Divaldo Franco já pagou um alto preço por comunicar-se e interagir com espíritos.  Sempre foi uma figura famosa no movimento espírita. Curiosamente, sua vida e suas obras ainda seguem pouco conhecidas entre os que têm pequeno contato com a doutrina.
Divaldo Franco: A trajetória de um dos maiores médiuns de todos os tempos é a primeira biografia jornalística do orador. É o resultado de entrevistas realizadas nos últimos dois anos. A ideia é apresentar o Espiritismo e uma história maravilhosa e singular aos que ainda têm pouco conhecimento do tema, atraindo interesses e, quem sabe, adeptos.
Direitos autorais doados à Mansão do Caminho.
Divaldo autografa o livro em SP no dia 23 de fevereiro, Livraria Saraiva Shopping Paulista, das 18 h às 22h, autógrafos limitados a 800 pessoas e condicionados à retirada de pulseiras entregues no mesmo dia e local do evento, a partir das 12 h.
              Abraço-Jorge Moehlecke
(Informação recebida em email de Jorge Moehlecke [jorgejhm@terra.com.br])

Homenagem a Jésus Gonçalves 12-07-1902 / 16-02-1947

Divaldo Pereira Franco e
a linda vidência de Jésus Gonçalves (espírito)
Jésus Gonçalves

Jésus Gonçalves
1902- 1947

Do Livro: O Peregrino do Senhor
Altiva Glória F. Noronha
Capitulo 15

Narraremos, neste capitulo, algumas experiências mediúnicas de Divaldo Pereira Franco. Todas são autênticas; aconteceram de fato e de verdade.
          “Os desígnios de Deus são impenetráveis. As suas soberanas leis estabelecem as diretrizes da vida, objetivando o progresso e o aperfeiçoamento do ser, nas várias etapas do seu processo reencarnacionista.
O homem em particular é o resultado das suas experiências anteriores, programando, por  conseqüência, a sua aprendizagem futura. Em cada etapa, quando bem intencionado e adestrado para os valores positivos, libera-se dos problemas negativos, afirmando as tendências superiores, com objetivos de elevação.
Por isso, em momento algum, cabe ao homem o desânimo, a descrença, a negação da vida.  De instante a instante, mudam-se as paisagens nas quais ele se encontra colocado. Modificam-se os valores e abrem-se oportunidades, onde antes estavam problemas e impedimentos.
É Divaldo quem assim nos fala, nesta beleza de raciocínio, prosseguindo em seguida a complementar a idéia:
“Fazendo um retrospecto da minha vida, em cada passo encontro a mão de Deus conduzindo-me com segurança, embora a minha rebeldia inconsciente para os objetivos relevantes da existência planetária. A cada momento, uma interferência judiciosa, um apontamento oportuno, uma mão amiga, constituíram-me e constituem-me o apoio para a tarefa que reconheço pequena, mas, para mim, muito valiosa, objetivando o meu próprio bem.
No ano de 1949, quando os tormentos obsessivos me avassalavam, porque ainda não me adestrara no conhecimento espírita, e também pela juventude do corpo, todas as tardes eu tinha por hábito ir sentar-me no quintal da casa onde morava, no Bairro do Machado. O quintal dava o fundo para as Invasões, onde centenas de casebres sobre o lamaçal apresentavam grave problema sócio-econômico dos que residem em tal região, em Salvador.
A minha vida íntima, sacudida por inquietações e tormentos, por ansiedades e incertezas, era uma constante busca da paz, uma contínua procura de Deus. Numa tarde muito especial para mim, buscando a calma interior, eu me pus a orar. O quadro que se me erguia à frente era de muita beleza. O Sol declinava por sobre o pantanal e havia um silêncio exterior muito grande. Procurei, então, mergulhar nas blandícias da prece, pedindo a Deus a mão socorrista, assim como aos Bons Espíritos o seu apoio e assistência, para que não viesse a resvalar pelas rampas do desequilíbrio.
Foi nesse momento que, de súbito, eu vi chegar um ser espiritual com características para mim até então jamais vistas: apresentava profundas marcas na aparência física. Um dos pés, que parecia ter os dedos amputados, estava envolto em gaze, com uma deformidade visível. O corpo alquebrado, a cabeça marcada por cicatrizes, o nariz deformado, sem o septo nasal, e uma expressão de profunda melancolia, olhando-me com enternecimento e carinho comovedores. Na minha ignorância, na minha falta de discernimento doutrinário, pensei de imediato: apesar da prece, eis aí a presença de um Espírito obsessor. Bem se vê que eu confundia, então, a aparência com o conteúdo, a realidade íntima. Foi quando o ouvir dizer nitidamente:
  Não sou um bem-aventurado, mas tampouco eu sou um obsessor. Sou teu irmão. Chamo-me Jésus Gonçalves, e desencarnei, não há muito, num sanatório de leprosos, em Pirapitingui, Estado de São Paulo.
Naquela época ainda não se usava o verbete hanseniano. Era a palavra marcadora, quase cruel, da tradição bíblica. E ele prosseguiu:
  Fomos amigos. Venho, de etapa em etapa, ressarcindo a duras penas o que contraí desde os dias em que, na condição de conquistador, disseminei a morte pela guerra, destruindo lares, roubando vidas, deixando órfãos e viúvas a prantearem os seus mortos. Indiferente, à alheia dor, era devorado pela volúpia da insanidade destruidora. Mais tarde, muito mais tarde, já conhecendo Jesus, não me foi possível fugir daquela compulsão guerreira e, em posição relevante na política francesa do século XVII, novamente me engalfinhei em lutas tenebrosas, sendo um dos responsáveis pelo prosseguimento da guerra franco-austríaca, especialmente na sua terceira fase.
 Em chegando  do lado de cá, dei-me conta da alucinação que me devorava e roguei ao Senhor, por misericórdia, me concedesse a lepra purificadora, para o despertar dos deveres de profundidade, aqueles que me poderiam conscientizar das finalidades superiores da vida. Eis por que, desde então, venho no processo purificador, havendo concluído uma etapa muito consciente, em Pirapitingui, no Estado de São Paulo, poucos anos atrás, onde pude integrar-me no serviço da Revelação Espírita, entregando-me a Jesus”.
Enquanto falava, Jésus Gonçalves se metamorfoseava. Aquela aparência lôbrega e triste se transfigurou diante dos olhos deslumbrados de Divaldo, que pôde ver-lhe a luminosidade interior. Esta lhe chegava como sendo pequeno sol, clareando o crepúsculo do entardecer. E onde antes havia deformações em seu corpo, agora estava a presença das luzes, a forme bem feita, como se tecida de substância luminescente. Jésus Gonçalves então disse, como a querer dar uma explicação à surpresa de Divaldo:
 O que a lepra carcomeu ficou sublimado nas regiões perispirituais. Mas, venho aqui, por dois motivos, falar contigo. Na reunião doutrinaria de hoje, estará presente uma amiga muito querida. Desejo que a informes do nosso encontro. O segundo motivo é que eu te queria pedir visitares a colônia de leprosos desta cidade, no subúrbio de Águas Claras.
Ante a surpresa da proposição, ainda marcado pelo tabu e pela ignorância em torno do mal de Hansen, Divaldo respondeu, comovido:
 Por favor, não me faça um pedido de tal natureza. Esta doença, cujo nome nem sequer eu pronuncio, tal o pavor que me causa, assusta-me demasiadamente e eu nunca teria coragem de visitar o lugar onde estivessem pessoas com ela ...
Jésus Gonçalves sorriu da ingenuidade de Divaldo e redargüiu:
  Divaldo, eu te estou pedindo que vás lá, a fim de que não vás para lá! Preferes ir lá ou para lá?
Divaldo, naturalmente, disse apressadamente que era claro, ele preferia ir lá! Jésus Gonçalves então falou que ele iria tomar as providencias compatíveis, para irem os dois juntos, falar um pouco aos irmãos hansenianos. E diluiu-se diante dos olhos assombrados de Divaldo, deixando-lhe, porém, uma indefinível sensação de paz e bem-estar...
À noite, em seu grupo de trabalhos, no Centro Espírita “Caminho da Redenção”, fundado havia já dois anos e funcionando ainda em sala ampla, numa casa na mesma rua onde tem hoje a sua sede definitiva, Divaldo contou esta experiência aos irmãos e perguntou se, por acaso, alguém ali já ouvira falar ou conhecera Jésus Gonçalves. Levantou-se então, uma senhora portadora de grande beleza do corpo e da alma e declarou:
 Jésus Gonçalves foi meu amigo. Quase desencarnou em meus braços. Convivi com ele, quanto me permitiram as possibilidades. Sou mineira do interior, e resido na capital de São Paulo, há muitos anos, onde mantenho um serviço de visita a várias casas de leprosos. Meu nome é Zaira Pitt. Em companhia de Julinha Koffmann e de outros, procuramos dar assistência aos nossos irmãos leprosos. Neste momento, com um grande número de amigos, estamos ajudando a construção do pavilhão para tuberculosos hansenianos, lá mesmo no hospital de Pirapitingui.
A senhora confirmou, disse Divaldo, para a surpresa de todos nós, a existência desse Espírito, dizendo a ele estar vinculada, fazia muito tempo. Quando o jovem baiano disse que Jésus Gonçalves pedira que ele visitasse a colônia de leprosos de Águas Claras, D. Zaíra Pitti estimulou-o muito para essa tarefa, dizendo que não havia o menor perigo de contágio, como comumente se pensava e propalava por aí...
Jésus Gonçalves, antes de retirar-se, naquela tarde em que se manifestara a Divaldo, aconselhara-o a ler um livro que o ajudaria a perder o medo da lepra, intitulado “Eles Caminham Sós”, dizendo, mais, que ele o faria chegar às suas mãos, através de alguém. Com o pedido do Espírito comunicante e o encorajamento dado por Zaíra Pitti, Divaldo, então, propôs aos freqüentadores do Centro Espírita, a visita àquele lar expurgador. Amigos mais bem relacionados na sociedade entraram em contato com o diretor do hospital, o qual, de inicio vetou aprioristicamente o plano da visita. Mas, a insistência de Divaldo, ante a afirmativa de que o objetivo era apenas fazer uma visita fraterna, levando alguns brindes e um pouco de alegria, respeitando todas as instruções da casa, ele aquiesceu, impondo uma série de restrições. Até aquela época, 1949, o mal de Hansen ainda gozava de muitos tabus e preconceitos que impediam as visitas. Mas Divaldo logrou a liberação da ordem de impedimento e o grupo fez a primeira visita. Foi com ela que iniciou a série de excursões que até hoje faz à colônia de hansenianos, em Águas Claras. Isto, há 36 anos consecutivos!
D. Zaíra Pitti havia viajado a Salvador com o objetivo de conhecer a família do Dr. Ernesto Carneiro Ribeiro, o insigne filólogo, o qual então se comunicava em São Paulo, através de um jovem médium por nome Moacyr, que realizava cirurgias mediúnicas,  especialmente de câncer, de que ela, Zaíra Pitti, era portadora, com resultados excelentes. Tinha vindo para agradecer à familia e trazer uma mensagem do Dr. Carneiro Ribeiro aos que haviam ficado na carne. Visitando uma Instituição Espírita de Salvador, alguém havia indicado o nome de Divaldo; por isso ela havia ido ao Centro Espírita “Caminho da Redenção”, naquela noite, naturalmente inspirada por Jésus Gonçalves. Ela retornou a São Paulo, mas tornou-se grande amiga e benfeitora de Divaldo.
Em 1950, o Sr. José Gonçalves Pereira, hoje Diretor da Casa Transitória de São Paulo, departamento social da Federação Espírita daquele Estado, foi fazer uma visita a Divaldo, incumbido de um convite de Zaíra Pitti, para que, na primeira oportunidade, ele fosse levar a Grande Mensagem à Capital Paulista: pessoas interessadas na divulgação da Doutrina Espírita financiaram a passagem e ele ficaria hospedado em casa daquela mesma benfeitora dos hansenianos e dos sofredores. A viagem aconteceu em dezembro do mesmo ano de 1950. No dia 30, o jovem baiano ali chegou, sendo recebido por alguns corações amigos, dentre os quais, D. Zaíra Pitti. No dia 1º. de janeiro de 1951, o grupo foi visitar o leprosário de Pirapitingui. No grupo estavam aquela senhora, Divaldo e o Sr. Joaquim Alves, o famoso Jô, admirável trabalhador da Seara Espírita, desenhista ímpar e pintor exímio, o Dr. Lauro Michielin, um dos criadores e fundadores do Sanatório Espírita “Antonio Luiz Sayão” (Araras, SP) e que, sob o pseudônimo de Jacques Garnier, escreveu várias obras, relatando experiências mediúnicas, trazendo conceitos e reflexões muito valiosos, e que eram vendidas a beneficio do referido Sanatório (naquela época, como vemos, já existia o sistema abençoado da divulgação doutrinária, beneficiando uma obra assistencial).
Chegando a Pirapitingui, o grupo teve a oportunidade de conhecer a viúva de Jésus Gonçalves. D. Ninita, cega, mas excelente médium vidente. Ela descreveu Divaldo tal como se o estivesse vendo! Falou da presença espiritual do marido ali também. Mas, uma senhora muito rica, que Zaíra Pitt levara, viúva recente, trajando mesmo luto fechado, foi quem mais chamou a atenção de Ninita, que lhes descreveu o esposo desencarnado e pediu-lhe para tirar o luto, dando-lhe uma lição de imortalidade das mais comovedoras. O grupo foi depois ao Centro Espírita “Santo Agostinho” e, ali, Divaldo proferiu uma palestra para os internados e visitantes. Após a alocução, todos voltaram à Capital.
No domingo seguinte, por solicitação de D. Zaíra Pitti, Divaldo fez uma palestra na reunião das 10 horas da manhã, na Casa-Máter do Espiritismo em São Paulo. Naquela época, Pedro de Camargo, o inesquecível escritor e orador Vinicius, que mantinha uma grande assistência, havia vários anos, ali acorrendo para ouvir-lhe a palavra fluente e evangelizadora, foi quem apresentou o jovem baiano, assim falando:
 Muitos aí estão a perguntar quem é esse jovenzinho e o que faz ele aqui, ao meu lado. Tenho, assim, a imensa satisfação de apresentar Divaldo Pereira Franco aos nossos irmãos paulistas. Este nosso amigo vindo da Bahia traz uma mensagem de vida, com a sua mediunidade voltada para o Bem e guiada pela Doutrina Espírita, a fim de nos estimular a marcha e nos encorajar para a luta.
Foi dessa forma que Divaldo proferiu a suas primeira palestra na Federação Espírita do Estado de São Paulo, vinculando-se também àquele missionário do bem e da luz, que era Vinicius, o emérito educador e o sacerdote, no sentido profundo da palavra, da mensagem evangélica e espírita.
Assim, Divaldo Pereira Franco iniciou as suas pregações na capital bandeirante. Era janeiro de 1951, o que vale dizer: há quase 36 anos!

Livro O Peregrino do Senhor – 1ª. edição – LEAL- 1987
 
Capa do livro de d. Altiva Noronha
onde está narrado o episódio acima

Dois livros imprescindíveis para quem queira conhecer
a  vida e a obra de Jésus Gonçalves.
Jésus Gonçalves, sentado,  já com as seqüelas da lepra em Pirapitingui.
Dona Ninita é a primeira de óculos escuro a partir da esquerda
Julinha * é a última da direita.
Foto nos livros: Flores de Outono e A Extraordinária Vida de Jésus Gonçalves

Jésus Gonçalves sentado
dona Ninita, companheira de Jésus Gonçalves, um visitante,
Zaíra Junqueira Pitt e Julinha Thekla Kobleisen
Foto do Livro: A Extraordinária Vida de Jésus Gonçalves
USE/Madras- Eduardo Carvalho Monteiro
Flagrante da inauguração do C.E. Santo Agostinho. Jésus Gonçalves é o quarto da direita
para a esquerda. Seu filho Jaime está logo à sua direita (16/12/1945)
Do livro: A Extraordinária Vida de Jésus Gonçalves. Eduardo Carvalho Monteiro. USE/Madras

Abaixo outras imagens de personalidades citadas nesta homenagem a Jésus Gonçalves
Divaldo Pereira Franco por ocasião da inauguração da Mansão do Caminho,
em Salvador,  Bahia, aos 15 de agosto de 1952.
Imagem obtida em  trabalho de Simoni Privato Goidanich, Quito,  Equador.

* Em nossas pesquisas encontramos o nome de Julinha citada neste trabalho grafado de duas formas:    Julia Thekla Kohleisen e Julinha Koffmann.
(Ismael Gobbo)



“Série de videos sobre la obra "El hombre integral", de Joanna de Angelis”. Montevidéu, Uruguai

Informamos que se encuentran disponibles, en Youtube, los primeros videos de una serie dedicada al estudio de la obra "El hombre integral", de Joanna de Ângelis.


Fraternalmente,
Simoni

(Informações em email de Simoni Privato Goidanich)