segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Divaldo Pereira Franco no Rio Grande do Sul Porto Alegre

9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul
Porto Alegre, 05 de novembro de 2017
Atendendo a agenda do 9º Congresso Espírita do Rio Grande do Sul, Divaldo Franco esteve reunido com os jovens, no período matutino, respondendo perguntas adrede preparadas. Historiando a participação dos jovens na codificação do Espiritismo, o dinâmico orador destacou a importância e a responsabilidade que os jovens possuem na transformação da humanidade, conduzindo-se com lisura e honradez. As questões de pânico, de ansiedade, de medo, de timidez, ou de extroversão, sempre que escapem, essas ocorrências, a normalidade, assumindo características patológicas, devem ser atendidos, os seus portadores, com as terapias psicológicas e espiritual, concomitantes.
Aos jovens está destinada uma tarefa de vital importância no processo de transição planetária, devendo se aprofundarem no autoconhecimento, modificando os hábitos perniciosos, que sempre são mais fáceis de assimilação, e que geralmente são copiados dos demais, esforçando-se em adquirir virtudes.  Nunca faça nada escondido que não possa falar para a sua mãe, aconselhou o nobre amigo.
Para as relações interpessoais e para as circunstâncias da vida não é necessário o uso de estimulantes farmacológicos, drogas, álcool, etc. Para viver na Nova Era que já está em curso, é preciso estar bem intimamente, adquirindo consciência. O verdadeiro papel da mulher é superar a vulgaridade. O aprendizado se dará por etapas, em um processo que inclui obrigatoriamente experimentar questões negativas e positivas – erro e acerto, construindo hábitos melhores, saudáveis.
O papel do jovem é antecipar a transição, construindo a Nova Era com atitudes corretas e que sirvam de bons exemplos para os demais, aí está o papel do jovem espírita, que com sua conduta ilibada, sinalizará aos outros, pelo exemplo, a excelência da Doutrina Espírita. Ao sentir necessidade de estímulos, para essa ou aquela circunstância da vida, apelar para Deus, falando com Ele pela prece sincera.
Para cada situação de tristeza, há outra de alegria, para cada porta que se fecha, há outras disponíveis e acessíveis. Cada indivíduo é responsável pela sua escolha, bem como o tempo em que irá permanecer naquela situação selecionada. A superação das crises se dará pela observância de o Evangelho de Jesus, a orientação segura. A mediunidade e suas diversas manifestações, o medo da morte, o cérebro humano, foram outros pontos desenvolvidos, explicando que o medo deve ser superado pelo raciocínio, por exemplo, a respeito do viver e do morrer.
As diversas expressões sexuais e as relações familiares fizeram parte do diálogo fecundo com Divaldo Franco. Disse ele que todos possuímos marcas profundas – os arquétipos na expressão de Carl Gustav Jung. Tomando por base as questões 200 a 202 de O Livro dos Espíritos, Divaldo se expressou dizendo que cada indivíduo é constituído de anima e animus e, através da predominância de um, o ser se expressa nas relações humanas. As diversas reencarnações vão estabelecendo essa predominância na matéria. A prática sexual depende do caráter, é opção do indivíduo, que reflete seu caráter. A questão que ora se debate na sociedade humana, o do gênero, destacou o médium baiano que há o gênero biológico e o psicológico, patrimônios do Espírito reencarnado. Os conflitos psicológicos, experimentados inicialmente, evoluem para os de ordem patológica. As ações é que diferenciam as características de cada um.
É indispensável o equilíbrio, respeitando a anatomia, observando sua psicologia. A inclinação emocional deve ser trabalhada com o exercício da ética, do respeito. A homossexualidade - feminina e masculina -, na Nova Era será uma necessidade para que os indivíduos recuperem o equilíbrio, sempre observando a beleza, as conquistas morais, onde a anatomia e as emoções caminhem juntas para o equilíbrio. O bem proceder entre os parceiros produz harmonia, enquanto que a perversidade desarmoniza.
A providência divina está sempre favorável as criaturas de Deus. Ante um desafio, o recurso para que se busque a solução da providência divina é orar. Abrir a boca da alma para que Deus a encha de vitalidade, de valores nobres, preenchendo a alma. Conforme Joanna de Ângelis: Ora o homem a Deus, responde Deus pela inspiração, ajuda Deus o próximo através da solidariedade. Orar é preencher a alma de virtudes e vitalidades espirituais, vinculando-se com o Criador. A providência divina se apresenta, através de inúmeras formas, quando o indivíduo estiver em sintonia, em sincronicidade com Deus.
O sentimento de gratidão deve ser desenvolvido, valorizando o que somos e o que temos, bem como as intercorrências da vida, boas, más, ou as que não aconteceram, mas que poderiam ter acontecido, de todas retirando ensinamentos. Em todo o lugar há a providência divina, tocando a vida das criaturas, endereçando-as a plenitude. Assim, antes de qualquer decisão, ore, lembrando que Deus não está lá, está dentro de cada um, está em nós. Lembre-se, a juventude passa muito rápido. Não esqueça, Deus nos ama.
Nomeando vários Espíritos desencarnado que ali estavam, notadamente os que trabalharam na seara da evangelização infanto-juvenil, Divaldo Franco disse que todos eles estão interessados, empregando esforços para que os jovens alcancem a plenitude e que não prejudiquem a suas vidas. As renúncias e a manutenção da integridade moral exigem sacrifícios que, em contrapartida produzem alegria de viver.
Vale a pena se comprometer, a ternura é duradoura, as sensações são fugazesA paz que já adquiri a dou a cada jovem presente, adotando-os e amando-os, assim se expressou o nobre amigo e conselheiro paternal. A emoção se fez presente em todos os corações, lágrimas foram vertidas. O amor estava presente através das dádivas que se derramavam, alcançando as almas sedentas de luz e harmonia.
Na sequência das atividades agendadas, Divaldo Franco concedeu uma entrevista para a RBS-TV, onde, entre outras colocações, destacou a importância de o homem desarmar-se, em todos os sentidos, para bem conviver, respeitando, tolerando, se equipando de compreensão. A violência, o sistema prisional, a valorização das virtudes e a contribuição da nova geração para a construção da mudança de padrões mais equilibrados, gerando uma sociedade mais justa, foram outros destaques abordados na entrevista.
Após mais de 1h30min concedendo autógrafos e estabelecendo rápidos diálogos, Divaldo Franco participou da roda de conversa com outros dirigentes espíritas, cuja representação máxima foi a de Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira, e coordenada por Gabriel Nogueira Salum, Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. O tema central da conversa foi o da união dos espíritas e da unificação no movimento espírita. Em linhas gerais, as questões envolvendo união e unificação devem passar pelo aperfeiçoamento moral e o conhecimento doutrinário dos espíritas, desenvolvendo a capacidade de dialogar, e a vivência dos postulados doutrinários, introjetando esses conceitos nas atitudes diárias.
Fazendo parte das atividades de encerramento do 9º Congresso Estadual foi realizada uma bela apresentação artística, sensibilizando os expectadores. A cerimônia de encerramento, com a presença de todos os dirigentes executivos da FERGS, conduzida pelo seu Presidente, foi de agradecimento e reconhecimento pelo trabalho que muitos dedicaram a efetivação desse evento que contou com a participação de um pouco mais de 4.000 inscritos.
Divaldo Franco, convidado à tribuna, veiculou uma mensagem do Espírito Dr. Bezerra de Menezes dizendo que apesar da noite tenebrosa das paixões e do festival de loucura, com as almas em desespero e ameaças de caos, a noite densa vai cedendo lugar a madrugada, com a encarnação de entidades estelares, que mergulhados na sombra da matéria, vem cooperar para que a Nova Era se estabeleça no solo terrestre. O mundo pleno de corações retilíneos, rompendo-se a cortina físico/espiritual, implementará a paz.
O lema a ser vivido será o Amor e o trabalho será a exteriorização da fé, na construção planetária, através de etapas sucessivas. Para estar com o Cristo foi necessário estagiar nas zonas onde dominam as más inclinações. Renovando o entusiasmo, coloca-se o cristão a disposição do Mestre, abençoando as existências, entregues ao amor de Jesus. Ele é a solução final de todas as angustias. A catapulta do amor nos lançará ao alto cimo da imortalidade. Exultemos juntos, avançando com o Mestre, sob a misericórdia da Mãe Santíssima.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke