domingo, 6 de maio de 2018

Registro. Divaldo Franco – Confraternização. Salvador, 04 de maio de 2018. Centro Espírita Caminho da Redenção

Nunca nos sintamos pequenos quando falarmos sobre o Evangelho de Jesus e o Espiritismo. (Divaldo Franco)
Logo após concorrida sessão de autógrafos e cumprimentos, Divaldo Franco, sempre solícito e profundamente comprometido com o próximo, e apesar de fortes dores que ainda experimenta após recente cirurgia, recebeu expressivo número de amigos da Mansão do Caminho.
Estando presente a Diretoria do Centro Espírita, os convidados foram recebidos com júbilo e alegria. Divaldo Franco exteriorizando alegria se expressou dizendo o quanto sente-se feliz pelo encontro confraternizativo, sendo imensamente grato pelo carinho com que todos o tratam, almas queridas da grande jornada. Presente diversas caravanas do Brasil e do Exterior, essas foram representadas por Miguel Sardano e Cristiane Beira, respectivamente.
Em tom coloquial, conversando com amigos e espelhando-se nos encontros de Jesus com seus discípulos na casa de Pedro, e, também, nos encontros que Allan Kardec participou nas residências de amigos por ocasião da codificação da Doutrina Espírita, Divaldo Franco fez uma narrativa sobre a sua primeira conferência ocorrida em Aracajú, no Estado de Sergipe, em 27 de março de 1946, que sob a orientação do Espírito Humberto de Campos, contou a Lenda da Guerra. O anfitrião desse encontro foi José Martins Peralva Sobrinho, Presidente da União Espírita Sergipana. Nesta oportunidade recebeu sua primeira lição, o da responsabilidade, isto é, preparar-se, estudando o tema, para falar em nome de Jesus e que, quando fosse falar em nome do Mestre e do Espiritismo, deveria pôr-se de pé.
Aquilo que está no destino de qualquer um, sempre acontece. Outra narrativa sobre suas atividades fora da cidade de Salvador, aconteceu em São Paulo, Capital. A anfitriã deveria recebe-lo, porém, ausentou-se de casa, deixando-o sem acomodações naquela noite. Pela sua inexperiência e ingenuidade foi pernoitar em um bordel, imaginando ser uma hospedaria, uma pensão. Sob orientação de Joanna de Ângelis passou toda a noite orando e lendo o Evangelho Segundo o Espiritismo.
Em São Paulo, desfrutou de afetuosos amigos que o ampararam e o auxiliaram em suas atividades doutrinárias e mesmo na assistência à Mansão do Caminho. Os benfeitores, sempre atentos, o sustentaram em suas diversas conferências e outras atividades espíritas. Relembrou que, em outra oportunidade, esteve com o então Presidente do Brasil, Café Filho - João Fernandes Campos Café Filho (Natal, 3 de fevereiro de 1899 — Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1970) -, e o Governador do Estado de São Paulo, Lucas Nogueira Garcez (São Paulo, 9 de dezembro de 1913 — São Paulo, 11 de maio de 1982), quando então, falou sobre Francisco de Assis. Nos diálogos com Café Filho, Divaldo, muito jovem, falava-lhe sobre seus conflitos, suas aspirações, seus sonhos. O nobre amigo recomendava-lhe que ao falar sobre a Doutrina Espírita não deveria mentir, nem mesmo fingir, caracteres da política partidária, mas, em se tratando da política do Evangelho, a conduta e os ensinamentos deveriam sempre estar apoiados nas bases da verdade.
Divaldo, coloquialmente, ensinou que ...nunca nos sintamos pequenos quando falarmos sobre o Evangelho de Jesus e o Espiritismo. Destacando que a criatura humana é lucigênita, conforme ensina a Benfeitora Joanna de Ângelis, Divaldo Franco abordou as questões do Self, do Si, para dizer que o homem é um ser luminoso. Após discorrer sobre a formação do Planeta Terra e seus primeiros habitantes, os unicelulares, fascículos de luz, ou chuva de luzes microscópicas que caíram sobre a massa ígnea, a vida foi se desenvolvendo, tomando formas pluricelulares há pouco mais de dois bilhões de anos.
Como seres lucigênitos, o homem deve deixar a luz divina penetrar em sua treva de ignorância, que, em busca da sublimação, deve deixar a condição de ESTAR para alcançar o SOU, isto é, viver em plenitude. A melhor maneira de entender Deus é SER. Encontrar o Deus interno é tornar-se feliz. Lapidando o Espírito, o homem, o ser mais importante na obra divina, torna-se, portanto, autoiluminado. O Espiritismo é o Cristo voltando, é a luz do mundo.
O Embaixador da Paz no Mundo, Divaldo Franco, na véspera de completar 91 anos de idade, destacou que a conversa que estava entabulando se destinou ao estimulo de viver como Jesus viveu, seja para reencontrá-Lo, ou para encontrá-Lo. O importante não é o lugar em que a criatura esteja, é ela que torna importante o lugar. Agradeceu, sensibilizado, a visita que estava recebendo, a atenção, o carinho, o amor que o brindavam, destacando que cada um deve deixar que o Espiritismo o penetre. Concluído o colóquio, Divaldo convidou para um pequeno lanche preparado com esmero, bom gosto, na singeleza e na simplicidade de uma genuína casa de Jesus.
Texto: Paulo Salerno
Fotos: Jorge Moehlecke


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